Foto: Alencar Lopez
É, ela não veio! Mas por que governadora Yeda? Eu respondo: Não teve glamour que calasse os gritos dos trabalhadores, desempregados, homens, mulheres e estudantes que pediam, munidos de faixas, apitos, buzinas e muito “gogó”, FORA YEDA! A abertura oficial da Feira Nacional do Doce passou longe de ser mágica. A noite do dia 5 de junho foi marcada por protestos e manifestações contra o atual governo, estadual e municipal.
Aproximadamente 100 manifestantes compareceram na noite de sexta-feira à abertura da Fenadoce e foram chamados de minoria pelo prefeito Fetter Jr.. Na Fenadoce poderiam até ser a minoria, já que a Feira estimula o consumo e é feita especialmente para classe média, pois quem não possui carro e mora longe das redondezas teria que pagar R$ 2,00 só para chegar até lá. Pode parecer pouco, mas 2 + 2 é R$ 4,00, já dá para comprar o leite das crianças.
Estamos sem voz por causa dos gritos e porque “abafaram o caso”. Nenhum veículo tradicional da cidade falou claramente sobre o episódio. – Não dá mais pra ler jornal mesmo! Só quem estava lá sabe dizer o que aconteceu. Eu fui e conto: arquibancadas cheias, mega estrutura para receber o público mais especialmente a elite da cidade, com direito a tapete vermelho e tudo.
Várias pessoas se pronunciaram supervalorizando o evento e tentando nos convencer de que a feira trás desenvolvimento para cidade. - Eles devem tá falando dos empregos temporários. – Ah é, gera muito emprego temporário, depois que a feira acaba tá todo mundo desempregado novamente. “Ô beleza”!
Enquanto alguns desfilavam com seus ternos e roupas caras pelo tapete vermelho, outros cantavam incansavelmente músicas que manifestavam a grande insatisfação de boa parte da sociedade com as acusações de corrupção do governo gaúcho. Pesquisas do Datafolha comprovam que mais da metade dos gaúchos reprovam o governo e são a favor da instalação de uma CPI para investigar as acusações de corrupção.
Foto: Vanessa Silveira
Cada vez são mais freqüentes as manifestações pedindo a retirada de Yeda Crusius. No dia 26 de maio, partidos políticos, entidades sociais, movimento estudantil e entidades sindicais trancaram a ponte de Rio Grande por alguns minutos com faixas em repúdio as atitudes da governadora do estado. Os militantes prometem continuar as manifestações semanalmente até a saída de Yeda do governo.
O cerco não pára de se fechar, até quando a governadora continuará resistindo e desrespeitando a opinião pública?
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