terça-feira, 23 de junho de 2009

Aqui o trabalhador sempre tem voz

O SINDICATO DOS MUNICIPÁRIOS DE PELOTAS (SIMP), por meio de seu Presidente, Duglas Lima Bessa, ao final firmado, vem requerer DIREITO DE RESPOSTA face aos equívocos, inverdades e verdadeiro ataque aos servidores municipais manifestados no Editorial deste jornal Diário Popular, edição de segunda-feira, dia 8 de junho, sob o título “Um protesto, no mínimo, questionável”, à página 6 (seis)



Um editorial, no mínimo questionável

“Equivoca-se este prestigiado jornal Diário Popular quando, no Editorial da edição do dia oito de junho, segunda-feira, sob o título ‘Um protesto, no mínimo, questionável’, expressa inverdades, equívocos e traça juízo de valor contrário aos municipários de Pelotas, em defesa clara e expressa do Sr. Prefeito Fetter Jr.

O mencionado Editorial também ataca os Municipários quando afirma que “...a escancarada falta de educação e de respeito...”; que “...os representantes do Sindicato dos Municipários só conseguiram atrair para si olhares de desprezo e de indignação...”; que “...a estratégia política, decidida em assembleia, mostrou-se um verdadeiro tiro no pé”; e, por fim, que “...o prefeito saiu da Feira maior do que entrou”.

Tais afirmativas demonstram, no mínimo, o caráter antidemocrático e posicionado do Editorial, que esperamos não seja do Jornal como um todo, com a atual Administração Municipal. O olhar de desprezo e indignação com certeza se deu por parte de alguns suspeitos, aliados a uma política que sempre arranja desculpas para não fazer uma atualização salarial e funcional digna para os trabalhadores municipais.

A cultura do doce e a cultura histórica que tanto eleva e projeta a cidade no resto do país não exclui a cultura amarga e azeda que o servidor público municipal convive no seu dia a dia de trabalho. Ou o prefeito Fetter Jr. abandona o glamour da cidade fantasia ou terá de assumir os riscos de em cada evento que tenta vender sua cidade panfletária, uma parcela da comunidade pelotense estará mobilizada para contrapor o brilho ofusco, demonstrando uma realidade dura e suada que sobrevive com padrões salariais abaixo do mínimo nacional, estando eles entre 200 e 300 reais.

Isto sem falar, que os mesmos 80% dos trabalhadores tem sua base de cálculo para vantagens num valor que não chega nem ao salário mínimo de 2008, e que mesmo os que tem padrões acima do mínimo nacional somente tem recebido de reajuste salarial a inflação do período ao longo dos últimos anos. Ou seja, há anos sem aumento real.

Constam inverdades, como a menção ao suposto acordo entre os Municipários e a base governista na Câmara para destrancar a pauta, ‘acordo’ este que teria sido rompido pela categoria. Jamais houve qualquer ‘acordo’, eis que até o último dia 09, terça-feira, não havia sido apresentada proposta formal de vale-alimentação de R$ 90,00. A proposta oficial do vale, no contexto do projeto de lei que foi aprovada na assembleia, somente ocorreu formal e oficialmente no dia 09, terça-feira, pela manhã, na Câmara de Vereadores.

A postura da governadora Yeda ao não enfrentar as críticas e portanto deixar de estar presente no ato oficial de abertura da Fenadoce, não ocorreu somente este ano, eis que em 2008 da mesma forma a governadora não havia comparecido na abertura da Feira, face a divulgação das fitas envolvendo o vice-governador Paulo Feijó e o então chefe da Casa Civil, Cesar Busatto.

Desta forma, a responsabilidade pela sua ausência não é dos servidores municipais, e sim das constantes e freqüentes denuncias de irregularidades no Governo Estadual.

A participação dos municipários fez parte de protesto maior, este sim organizado pelos movimentos sociais, contra a governadora Yeda, cuja presença naquele ato, antes de significar a ‘grandeza do evento’, envergonharia nossa cidade.”

2 comentários:

Taís Barreto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Taís Barreto disse...

Essa é uma questão muito delicada. Mas antes de qualquer julgamento à essas pessoas, me coloco no lugar delas. Receber entre 200 e 300 reais é uma vergonha sem tamanho.