quinta-feira, 14 de maio de 2009

Uma sugestão de uma boa dica

Cultura

Constantemente recebo dicas de amigos. Filmes, livros, lugares, comidas, bandas, séries e aleatoriedades também são sempre bem-vindas. Costumo guardá-las em uma listinha, mental ou em papel (se a minha cabeça fosse um HD não teria mais espaço) e na maioria das vezes elas valem a pena. Se a dica valer mesmo a pena, sempre lembro de dar o retorno e agradecer a sugestão. De “mais ou menos” pra baixo o ritual é parecido, tirando a parte do agradecimento e trocando para uma conversa, às vezes discussão- pacífica, para analisar melhor.

Ultimamente a lista está enorme. As temporadas de séries que pareciam tão curtinhas agora se acumulam na minha lista, que já parece quilométrica. Se atualizar parece impossível. Bandas velhas com discos novos pra mim são inexistentes e bandas novas não surgiram nos últimos meses. Livros a minha cabeceira já tem três, ganhados nas últimas datas que se comemora alguma coisa que tenha que se trocar presentes. Estão lá, abandonados os coitados. Se pudessem falar, nem sei o que diriam...

Mas eis que recebo esta dica, que passou na frente de todas as outras (desculpem outras!) e foi direto para o primeiro lugar, como se fosse idosa, gestante ou mulher com criança no colo. A prioridade não foi só em relação a outras sugestões, mas em relação a tudo, inclusive faculdade, médico e francês, tamanha era a vontade de conhecer o lugar, ver tudo com meus próprios olhos e tirar minhas próprias conclusões.

O soco no estômago foi tão forte que quase passei pro lado deles. A futura jornalista aqui achando que estava muito mal informada. Como poderia não ter ouvido nada a respeito? Televisão, rádio, flyer, internet, jornal, nada. Como se um lugar novo precisasse de publicidade ou de jornalismo. Que vergonha! Mas me desculpei por ter sido só por alguns instantes e eu ter percebido sozinha a burrice.

Para minha aflição, era como eu tinha imaginado. O indicador (palavra inventada pra quem dá a dica), por não conseguir segurar a empolgação me descreveu tudo, detalhe por detalhe. O que não faz com que o lugar perca a graça, evidente. Só acaba um pouquinho com a magia, que poderia ser ainda maior por não saber o que esperar, sem estar pré-condicionado.
Então fico por aqui, sem descrições, pois para mim as melhores dicas são as que nos matam de curiosidade, vão lá pro topo das prioridades e de lá não ficam muito tempo, pra dar lugar pra outras.

O mistério é grande, mas pra quem não conhece vai fazer diferença.
Eu garanto.
DICA: Pelotas, rua General Telles, n° 755.

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